12 agosto, 2015

É católico ou não? A votação do PME em São Paulo e os jovens perdidos


Foto: Reprodução / Facebook
Jovens "católicos" protestando em 12/08/2015
Foto: Reprodução / Facebook
Teve lugar, na Câmara Municipal de São Paulo, a votação do Plano Municipal de Educação (PME) nesta terça-feira, 11. Para alegria de todos aqueles que defendem a família na forma que Deus escolheu, o texto foi aprovado pelos vereadores por 42 a 2 e sem inclusão da ideologia gênero.



Antes do início da votação, um grande número de pessoas estava reunido do lado de fora da Câmara realizando seu protesto. De um lado estavam os LGBT e os que apoiam a ideologia de gênero; no lado oposto, católicos, que são contra tal ideologia (destaque para a presença do Padre Paulo Ricardo e professor Felipe Aquino, que também estavam no local). Ambos os grupos tinham um carro de som para amplificar as vozes e estavam separados por um gradil. Até aqui está tudo muito tranquilo de ser entendido, mas havia um grupinho ali que parecia estar meio carente de formação.

Havia um pequeno grupo de jovens que se diziam católicos integrantes da Pastoral da Juventude e algumas coisas chamava a atenção neles. Eles sustentavam cartazes com os seguintes dizeres: “sou católico, sou PJ, gênero sim”. E fica a pergunta: jovens católicos? Há ainda um cartaz onde se lê que “Jesus também é homossexual”. Novamente volta a pergunta: católicos? Estes são completamente pró-ideologia de gênero e a Igreja Católica Apostólica Romana é absolutamente contra: católicos?

Ideologia de gênero é algo profundamente anticatólico, pois vai contra aquilo que Deus criou: o homem e a mulher. De forma simples, um pequeno exemplo de como funciona essa ideologia: ao nascer, não poderá ser dito que aquela criança é um menino ou uma menina, pois o seu gênero (masculino ou feminino) ela irá escolher depois. Logo a criança deverá ser chamada apenas de criança, como que tivesse um sexo indefinido. É uma invenção do homem que está perdido e busca, ilusoriamente, a sua felicidade tentando brincar de ser deus.


“Pergunto-me, por exemplo, se a chamada teoria do gênero não é expressão de uma frustração e resignação, com a finalidade de cancelar a diferença sexual por não saber mais como lidar com ela. Neste caso, corremos o risco de retroceder”. A citação anterior é uma afirmação do Papa Francisco pronunciada em uma catequese no dia 15 de abril de 2015. Ainda no mesmo dia, Francisco destacou que há uma tentativa de cancelar as diferenças naturais entre homens e mulheres, de forma a reconhecer só as inclinações sexuais de cada indivíduo para definir sua identidade sexual.

Bom, o Santo Padre e a doutrina da Igreja afirmam que “a eliminação da diferença [entre homem e mulher], com efeito, é um problema, não uma solução”. E para terminar, retorna a pergunta sobre aqueles jovens: são católicos mesmo?


Atualizado em 13/08/2015, às 11h10

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6 comentários:

  1. Não. Definitivamente esses jovens NÃO são católicos, e aqui não vai nenhum tipo de julgamento, apenas uma constatação tácita sobre o que é SER Católico. Antes de tudo é ouvir aqueles, segundo os católicos crêem, foram escolhidos por Deus para orientar a Sua Igreja. Logo, não adianta eu me declarar católico e não me submeter à orientação doutrinária da Igreja. É obrigado obedecer? Não. Pode dar meia volta e seguir um outro caminho. Mas se quiser SER Católico, TEM de ouvir e obedecer o Papa, em matéria de Fé, e ao Magistério da Igreja.

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    1. Um pouco tardio para comentar o assunto (tendo em vista que o fato ocorreu em agosto de 2015 e meu comentário é de fevereiro de 2016), mas vale acho que ainda vale a pena.

      Com base no que você escreveu, Ediram Júnior, acrescento o seguinte: será que esses jovens na hora da profissão de fé, na Santa Missa, prestam atenção no que estão rezando: "creio na Igreja, una santa, católica e apostólica". Bom, com uma atitude dessas, eles não creem, pois crer também pressupõe obediência.

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  2. Esses jovens são tão "católicos" como as "católicas pelo direito de decidir". Ou seja: trata-se de uma artimanha gramsciana de corromper a Igreja a partir de dentro.

    Mas ninguém pense que as opiniões e ações ANTICATÓLICAS das pastorais da juventude resumem-se a isso. Já tive o imenso desprazer de em plena missa assistir a uma "performance" dada por essa pastoral - com a cumplicidade do padre, claro - que incluía, dentre outras barbaridades, uma dança sensual em que uma moça com uma túnica transparente (!!!) se deslocava da porta até o altar; depois, uma apresentação cênica em que jovens subiam ao altar com cartazes dos inimigos da Igreja, em cujo rol aparecia o ... capitalismo! O evangelho foi lido por uma moça, que também deu a homilia!!! E o padre, o tempo inteiro, "apreciava", sentado, certamente imerso na sua falsidade religiosa.

    Enfim, as pastorais da juventude são, nada mais nada menos, uma farsa que esconde propósitos políticos, de linha esquerdista marxista, contra a família tradicional, contra a verdadeira religião, contra tudo o que a Igreja genuinamente representa, para depois posarem em público de "católicos".

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    1. Eduardo, é realmente muito triste isso que acontece com essa pastoral que se disfarça de católica para esconder os propósitos políticos.

      Sobre a questão dessa "performance contemplando uma dança sensual" dentro da Missa, posso dizer que fiquei escandalizado, apesar de já ter visto na internet alguns vídeo relativos à PJ onde uma jovem proclama o Evangelho e o padre concorda com tudo aquilo. Bom, acho que em questão de abusos litúrgicos (que, como nestes casos, foram permitidos pelos padres) são completamente inaceitável e os sacerdotes devem se lembrar que, como diz a Instrução Geral do Missal Romano, eles são servos da liturgia e não senhores.

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  3. O Magistério da Igreja Católica é muito claro no que tange a essa questão da ideologia de gênero. Não há dúvidas. Documentos e manifestações recentes de João Paulo II, Bento XVI e Francisco enfrentam a questão e dão ainda mais saliência ao ensinamento moral da Igreja. Ora, se alguém se diz publicamente católico necessita nessas mesmas condições reverberar o que ensina e nos pede a Igreja. Se esses integrantes da PJ não concordam com a questão moral do Magistério a solução é intensificarem a sua vida de oração e aprofundarem o seu estudo sobre o tema. Entretanto, não é admissível, por uma questão de honestidade, que façam manifestações públicos contra a Igreja Católica.

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    1. José Antonio, ainda acresço com o mesmo comentário que fiz na mensagem do Ediram Júnior mais acima. Será que esses jovens na hora da profissão de fé, na Santa Missa, prestam atenção no que estão rezando: "creio na Igreja, una santa, católica e apostólica".

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